terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sou uma mãe desnaturada #6 (especial*)


Não estou a pensar preparar nenhum post daqueles muito fofinhos - que, regra geral, até as frias pedras da calçada põem a chorar - porque amanhã é o teu dia. Não vou escrever um texto onde enumero de forma sentida e entusiasmada, com ternura e comoção mas, e ao mesmo tempo, com toda a objectividade que caracteriza  qualquer mãe que se preze, tudo o que tu - assim como, basicamente, todos os putos com a tua idade - já conseguiste fazer até hoje. Não vou falar do sentido que vieste dar à minha vida. Não vou explicar o quanto és o centro do meu cosmo. Não vou descrever todas as alegrias que já me deste. Também não vou amaldiçoar todos os tristes dias da minha existência antes de ti.
Fazes amanhã um ano e o correcto seria dedicar-te um desses posts lamechas. Um post cheiinho de tudo o que tu és para mim. Não o escrevi, nem tenciono fazê-lo. Não deixa, por isso, de ser o teu aniversário, amanhã. Não deixo, por isso, de gostar mais do que muito de ti. Não deixas, por isso, de ser a melhor aniversariante do mundo. Mesmo que esse mundo de que falo só me pertença a mim e, de há um ano para cá, também a ti.
E ainda bem que é assim.


* semana do primeiro aniversário da Bolachita

Nada a ver mas mesmo assim


Quem realmente importa
é de quem você sente a falta às 3 da tarde
 quando você está ocupado,
não às 3 da madrugada
quando você está carente.

(Lido e surrupiado aqui.)
 
 
 
nota: sei que não era por sentires a minha falta nem tão-pouco pela importância que eu poderia ter. sei ainda que foi sol de pouca dura. ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra. mesmo assim, lembrei-me porque também costumava ser às três e pouco. e o que é certo é que até teve a sua graça enquanto durou.

Hell yeah!! #29 (especial*)



(12.10.13
 
 
* semana do primeiro aniversário da Bolachita

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Après l'effort, le réconfort*







* E não é só isso. Também já vou ganhando massa muscular para o ano que vem. Que eu não sou pessoa de brincar em serviço. Ah pois.

Insta#fim#de#week #2


Este ano, só deu para participar na caminhada (culpa da Bolachita). Para o ano, faço-me à meia maratona. Sim, sim, leram muito bem: MEIA MARATONA. Que essa coisa da mini maratona é só p'ra meninas/os.


domingo, 28 de setembro de 2014

51/52



(Bolachita, em modo 'bora lá mostrar que tenho seis dentes', com 11 meses e 25 dias)




Já agora, para não ficarem a pensar que a miúda é só risos e sorrisos.

 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Da minha imaginação fértil ou da maldade de quem inventa este tipo de nomes





Serei sou eu que, ao ler ou ouvir o nome desta protecção para madeiras, penso logo em cenas para maiores de 18?
É que os espertalhaços que inventaram o raio do conceito juntaram ali as primeiras letras de uma certa palavra e as últimas de uma outra que, quanto a mim, dão pano para manga.
 

E a insensível sou eu?! #9


Pois que, desde aquela vez em que descobriram um coração na minha boca, fiquei mais atenta às fotos. E não é que descobri mais um coração? Apareceu, assim, sem estarmos à espera dele. E, mais uma vez, na minha pessoa. Não é giro? Eu cá achei uma certa graça à coisa. Pronto.
 
 
 
Agora digam lá que não o encontraram. E eu respondo que são muito mais insensíveis do que aqui a Mam'Zelle. Mai'nada!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ao jeito do ex-vizinho Roque, com saudades* #2


 (Praia de Mira - Setembro de 2012)




 * já tive notícias, menos mal.

Porque eu também posso preparar um pequeno-almoço da moda*

Pois posso. Mas não quero mais.
A coisa é má. Muito má.
Eu que queria dar uma chance à comidinha que, pelos visto, só faz bem. Eu que estava disposta a abandonar os meus pequenos-almoços que só fazem mal. Eu que até sou de dar uma oportunidade à mudança. Eu que estava cheiinha de boas intenções. Depois desta corajosa tentativa, é que nem pensar. Já sou uma pessoa ruim por natureza. Agora, com um pequeno-almoço destes,  para além de ruim, passava a ser intragável (a fazer pandã com aquela mistela, pois então. não dizem que somos o que comemos? não dizem que o que vai para o interior se reflecte no exterior?). E uma pessoa não se quer transformar num monstro. Tudo se quer numa norma. Até mesmo a ruindade e a maldade de uma pessoa.
 

 
Agora só queria saber se há alguma alminha perita nestes milagrosos ingredientes a passar aqui pelo casebre. E, caso efectivamente passe, que ajude aqui um tico a Mam'Zelle. Precisava que me dissessem se há qualquer hipótese de se fazer bolos, bolachas, biscoitos e outras coisas doces e saborosas com eles. É que não gosto de jogar dinheiro fora, se é que me entendem.
Desde já, muitíssimo agradecida.
 
 
 
* ok, ok; não tem nada a ver com modas.
eu sei, eu sei; tem tudo a ver com vida saudável.
pronto, pronto; levem lá a bicicleta.
mas continuo a ser eu a escolher os títulos dos meus posts. pois, pois...

domingo, 21 de setembro de 2014

50/52


(Bolachita, num dos seus numerosos momentos só-faço-o-que-não-devo, com 11 meses e 18 dias)

  
 
(depois, como se não bastasse, ainda me desafia)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Por falar em combinações perfeitas #3


O nosso encaixe.
A tua cabecita redonda encostada a mim. Ali, no meu pescoço. Protegida, entre o meu ombro e o meu queixo. Resguardada. Segura. Tranquila. Serena.
E os teus bracitos enlaçados em mim. Ali, à volta do meu pescoço. Para que não haja qualquer possibilidade de se desmanchar a nossa união. A nossa combinação. A nossa perfeição.

Igualdade entre os sexos? O tanas! #3


Pior do que uma gaja que usa e abusa daquelas frases feitas - sabem, aquelas todas bonitinhas, fofinhas, que parecem saídas de uma qualquer comédia romântica rasca ou de uma música de boy bands ou de um daqueles livros de auto-ajuda que vendem milhões ainda estou para descobrir como; frases cheias de lugares comuns, de mariquices e outras tretas e que se tivessem cheiro seria um cheiro enjoativo a rosas e incenso barato? - é ouvir essas mesmas frases saídas da boca de um gajo. Chega a meter dó.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Quem conseguir resistir que atire a primeira pedra

 
Já aqui falei da manha da Bolachita quando quer colo e não só. Uma coisa é ouvir/ler o que vos digo/escrevo, outra coisa é ver com os vossos próprios olhos. E, porque, de facto, uma imagem vale mais do que mil palavras, sejam elas escritas ou ditas, aqui fica.
 

 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Happy Birthday to you! #2


Foi ontem (não me parece que a data seja consensual. mas, mesmo assim, vamos acreditar nas notícias).
Diz que a Mafalda fez cinquenta anos.
Quem visita o casebre há mais tempo sabe que tenho um fraquinho por ela. Volta e meia, colocava aqui uma ou outra tira das suas aventuras para levar a malta a reflectir ou simplesmente sorrir. Fui-me deixando disso. Nem sei bem porquê. Agora é tentar lembrar-me onde raio coloquei a obra completa do Quino e ressuscitar o Não sou eu, quem diz é a Mafaldinha.
 
 
 
Parabéns Mafaldinha!

Porque aqui o Miúda com Pêlo na Venta não é patrocinado por ninguém #2


Mais um produto de beauté que não vale um chavo, nem um pataco furado, nem nadica de nada.

 
Pois que coloquei o dito nas unhitas dos pés. Demorou que tempos para secar. Mas isso foi o menos. Aliás, não me incomodou nem um tico. Pois que ainda estava calor. A malta andava de chinelito de dedo. Tranquilo.
 
Dois dias depois (atenção, que esta parte pode parecer supérflua mas é do mais importante que há. foram mesmo dois dias. não foram dois minutos. não foram duas horas. não foram dois pares de horas. não foram duas manhãs. não foram duas tardes. FORAM DOIS DIAS INTEIRINHOS DEPOIS), uma pessoa vai a um casamento (sim, o único que teve direito à minha presença este ano. esse mesmo de que cheguei a falar por aqui). Uma pessoa leva sapatitos altos. Noblesse oblige, como diria o outro. Sapatitos altos e fechados, que o tempo estava de chuva. Quando se liberta o pés de tamanho sofrimento, tem-se a unha do dedo grande nestes preparos:
 
 
E olhem que o verniz em questão não foi comprado no chinês. Foi numa parafarmácia. E não foi assim tão barato (eu sei que preços são relativos. depende da importância que se dá ao que se compra. e, efectivamente, vernizes não me preenchem a vida. importância quase nula, portanto. mas mesmo assim, foi dinheiro).

Dois dias e a porra sem ficar devidamente seca.
Haja paciência. Ou então manda-se a coisa direitinha para o caixote do lixo.
Nem vale a pena precisar qual foi a opção por mim escolhida, pois não?

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Afinal, aquilo foi só uma birrinha, um capricho, um devaneio que se lhe deu, whatever


Durou exactamente sete dias. Uma semanita - numa espécie de grito de emancipação - foi quanto bastou. Parece que não se deu bem com esse desejo de autonomia. A Bolachita, assim de repente, voltou a procurar a mama. Lá estava ela, de boquita aberta, olhos fixos no meu peito e respiração acelerada. Assim, do nada. Como se a semana que tinha acabado nunca tinha existido. Como se não me tivesse desafiado a paciência, dia após dia, teimando em não beber aquela mistela de água fervida com leite em pó (ou o que raio aquilo é). Ele foi com o biberão. A miss não queria. Ele foi com o copo da girafa Sophie. Lá abria a boca, bebia um gole. Depois, percebia que não era água e lá tínhamos o caldo entornado. Pois que a miss não queria mais. Ele foi uma, ele foi duas, ele foi três. Ele foi uma catrefada de tentativas. Todas falhadas.
Tanta chatice para quê?
Nada.
É verdade. Lá voltamos alegremente às origens, o leite materno, como se nada fosse.

O problema agora é outro. Parece que a miúda quer recuperar o tempo perdido. Melhor dizendo, quer cobrar o leite não bebido. Consegue ficar, no máximo dos máximos, duas horitas sem começar a choramingar. Depois, a cena é sempre a mesma. Agarra-se às minhas pernas, a pedir colo e, logo que se apanhe nos meus braços, esfrega a cabecita no meu peito. Para não variar, de boca aberta. E se vir que não estou para aí virada, passa do choramingar para o berrar até perder o fôlego. Grita como se não houvesse amanhã, o raio da bolachita. E, se é cansativo tentar que uma bebé (teimosa que só ela) beba leite adaptado quando não está para aí virada, é extenuante tentar fazer com que entenda que não sou um distribuidor ambulante de leitinho, disponível a qualquer momento do dia.
Ainda não é desta que as mamas voltam a ser minhas.




nota: Roque, tentei usar aquela palavra única e exclusivamente quando achei ser estritamente necessário. Espero que tenhas consciência do meu esforço.

domingo, 14 de setembro de 2014

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Sim, sou desse tipo de pessoas mesmo #1


que gosta de acompanhar qualquer sobremesa de colher com pão.
Escusado será dizer que, quando se vai ao restaurante, tem de se esconder um ou dois pedaços por baixo do guardanapo. É que os empregados, vá se lá saber porquê, teimam em levar o cesto do pão antes de trazerem a carta das sobremesas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

E a insensível sou eu?! #8


Tudo bem que, desta vez, não fui eu que o vi. Tudo bem que, desta vez, foi o olho atento da Sarah (ainda estou aturdidamente surpresa contigo) que chegou lá. Tudo bem. Pronto. Mas, mesmo assim, tenho a minha palavra a dizer. Tenho pois. É que, desta vez, foi visto em mim.
É verdade, afinal parece que até tenho um.
Um coração na língua.
 
 

Porque eu também posso fazer um post com o título 'O que nunca me disseram sobre a maternidade'


Nunca escrevi um post com um título destes porque, para mim, não fazia sentido. Nada me surpreendeu por aí além. Nada me fez grande confusão. Nada foi assim tão diferente do que imaginava, pelo menos até agora, nesta nova experiência que tem sido ser mãe. Essa é que é a verdade. Diz que tem a ver com a minha insensibilidade. Pois que seja.

Há, no entanto, um aspecto que me apanhou desprevenida. E não, não foi esse sentimento dito avassalador que, como costumo ouvir/ler, se apodera de nós sem aviso prévio. Não, não foi o amor que sinto pela minha filha que me trocou as voltas. Antes de a ter, desconhecia tal sentimento, não o nego. Mas já desconfiava que iria ser assim. Aliás, tinha a certeza absoluta que só poderia ser assim.

O que me trocou as voltas todas foi o facto de a Bolachita, de repente, recusar a mama.
Um dia, que se previa igual a tantos outros, mamou de manhã e à noite, mas já não quis a mama ao início da tarde. Estranhei um tico, tendo em conta que, desde que nasceu, nunca tive problemas neste aspecto. [A Bolachita estava sempre disposta para mamar (até demais). Mesmo estando de barriga cheia, se visse a mama, não descansava enquanto não a pusesse a mamar de novo. E só  acabava por desistir quando lhe vinham os vómitos.]
No dia seguinte, já só a quis à noite.
E, a partir daí, passou a recusá-la por completo. Só mesmo a dormir é que a coisa vai. Aí, agarra a mama como sempre fez desde que nasceu e não a quer largar por nada. Quando lha tiro, vai atrás dela, com a boquita aberta e não descansa enquanto não lhe estendo a outra. E, quando lhe tiro a outra, tenho de encostar a cabecita dela ao meu ombro, embalá-la e sussurrar-lhe uns quantos shhhhhhh. Isto, durante uns bons minutos, para que volte a sossegar. Tal e qual como antes.

Não estava preparada para esta mudança, confesso. Para mim, a haver recusa ou dificuldade em mamar, seria nos primeiros dias de vida. Nunca tinha ouvido falar em bebés que deixam de querer a mama aos onze meses de idade. Fala-se muito, isso sim, da dificuldade em retirar a mama a crianças que sempre mamaram. E era para este tipo de cenário que estava mentalizada e a tentar preparar-me.
Agora é ver se ela se habitua a mamar por um biberão. Nunca viu tal coisa. É esperar que aceite bem o leite adaptado. Nunca provou nada disso. É, finalmente, ter as minhas mamas de volta. Nunca pensei ser agora. Mas até que não desgosto da ideia.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Quem me manda abrir uma excepção? (conclusão)


Então, mas, e o bom da festa?, perguntam vocês.




A minha bolachita, que se portou razoavelmente bem. Pois claro.


Também gostei daquela malta que fez caretas e palhaçadas frente à Bolachita para ela se rir e, como é óbvio, retribuir (sim, está-se a tornar uma palhacita bem mais engraçada do que a mãe, o raio da miúda). Normalmente são homens. As mulheres, regra geral, têm bastante mais dificuldade em desfazer a pose e não se levarem tanto a sério.
Obrigada aos dois gajos que tornaram o casamento um tico mais divertido. Sim, tu que estavas atrás de nós na igreja, com uma gravata rosa fúchsia e tu que estavas sentado à minha beira na quinta e que tens um sinal no rosto que te dá uma pinta do caraças. Não vos conheço de lado algum, mas valeu.



Quanto ao resto, pois que foi bem molhado (tanto). Por isso mesmo, só poderá ser muito abençoado. Sorte a deles.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Quem me manda abrir uma excepção? (III de III)


Eu já expliquei aqui que ter uma bebé pequenina é uma mais-valia quando se vai a qualquer casamento ou baptizado. Pois que me precipitei um tico. Esqueci-me que pode haver gente a marimbar-se redondamente para os putos. E a quem é que calhou gente dessa? Quem? Quem? Ninguém se pronuncia? Nem uma alminha a lançar o seu palpite? Medrosos, pá! Pois que vou elucidar a malta. Essa gente cruel teve de calhar aqui à Mam'Zelle. Pois claro.
Os noivos do casamento do passado sábado não acharam por bem dar uma lembrancinha aos mais pequenos. E eu acho muito mal esta discriminação etária. Muito mal mesmo. Denota uma falta de sensibilidade tremenda, aliada a uma forretice descomunal. A Bolachita ficou sentida, que eu bem vi. E quem vai ter de lidar com essa sua frustração? Adivinhem lá. Pois que vou ter de ser eu. Novamente. Enquanto os outros vão curtir a lua-de-mel na maior descontracção, os inconsequentes. Não há direito.
Prefiro nem referir qual a lembrança escolhida para a gente adulta. É que depois vem para aqui a malta dizer que sou uma ingrata, que só sei dizer mal e outras barbaridades do género. E com a minha frustração, resultado das vossas calúnias, quem é que vai lidar? Quem é que me vai ajudar a ultrapassar a coisa? A Bolachita, querem ver...

Quem me manda abrir uma excepção? (II de III)


Digam o que disserem, o mais importante num casamento é a comidinha. Se a comida não for ao nosso gosto, não podemos ficar satisfeitos, por mais que saibamos que o essencial é que os noivos estejam contentes e sejam felizes para todo o sempre. É que isto do contentamento e da felicidade dos noivos é primordial para eles, os noivos. Nós, os convidados, o que queremos é comer bem. E o resto é conversa.
Fico logo mal disposta quando chego à minha mesa e não está lá a ementa. Uma pessoa gosta de estar preparada para o que aí vem. Por exemplo, se soubermos de antemão que o prato de peixe é melhor do que o de carne, aceitamos repetir, quando o garçon passa com a travessa uma segunda vez pela nossa mesa. Agora, se o prato de carne anunciado soar a mais apetitoso, preferimos não encher demasiado a pança com o peixe para repetir à vontade a carne. Simples.
Depois, é sempre bom perceber se vai ou não vai haver uma sobremesa à mesa e, caso haja, qual é. Ficamos logo a saber se o estômago vai ficar aconchegadinho no final ou se vamos ter de esperar que seja aberta a mesa de doces.
Posto isto, este casamento tinha a ementa nas mesas. Menos mal, julguei eu. Comecei a ler a cena mal me sentei. E os meus olhos ficaram hipnotizados quando chegaram à sobremesa. De repente, fiquei muito satisfeita. Não foi preciso mais para ficar feliz da vida. [Entusiasmo de pouca dura, posso acrescentar agora.]
 
 
Bastou-me ler petit gâteau (enfim, não estava bem escrito assim, mas não faz sentido copiar com erro ortográfico) para aturar, com bastante calma, o bater de talheres nos pratos, as palminhas e os beija!beija!beija!  histéricos dos convidados. É que não sei o que se passa nos casamentos. Mas, uma coisa é certa, a malta fica maluquinha. Parece que nunca se viu um beijo entre marido e mulher. Tudo quer ver os noivos a beijarem-se. E não basta uma vez. Pedem bis e tris e mais uns quantos. Não se cansam, nem comem descansados.

Mas pronto. Vamos mas é ao que interessa, o famoso petit gâteau. Pois que, mal o vi chegar, a coisa não me cheirou. Logo pelo aspecto do bolo, percebi que aquilo não era bem o que eu queria. Venderam-nos gato (a não confundir com gâteau, atenção. piada fraquinha, fraquinha, eu sei) por lebre, foi o que foi. Não foi bonito não senhor. É que, ao cortar o bolito, não saiu de lá de dentro chocolate derretido quentinho. Aliás, aquilo era bastante seco. Só o consegui empurrar com a bola de gelado. Caso contrário teria ficado no prato.

 
 
Desilusão tremenda. E só não pedi o livro de reclamações porque já tinha esgotado o palavreado todo no postal e na mensagem aos noivos. Foi a sorte deles.
 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Quem me manda abrir uma excepção? (I de III)


Começou com a celebração do matrimónio.
Padre jovem. A malta em geral costuma gostar de padres jovens. Eu cá não sou fã. Aquela mania de tentarem vender-nos a ideia de que a igreja é uma cena cool e de que o padre é um homem como outro qualquer não desperta em mim qualquer tipo de admiração ou simpatia. O padre do casamento do passado sábado era desses mesmo. O discurso foi breve. Muito breve, para ser sincera, já que a cerimónia, no seu todo, demorou uns trinta a quarenta minutos. Dizia então que o discurso tinha sido breve - pelo menos isso - e, mesmo assim, foram abordados dois ou três assuntos que me aborreceram um tico.


Primeiro, o senhor padre abriu o seu discurso com uma citação do Nilton. Eu cá não quero parecer rude, mas tenho de confessar que padre ou frade ou outro tipo qualquer que me fale do Nilton para desenvolver um assunto, seja ele qual for, não me merece grande consideração.

Depois, falou dos pequenos arrufos (já disse que não suporto esta palavra?) entre marido e mulher. Aqueles que são inevitáveis e que não devem ser sobrevalorizados mas sim ultrapassados. E teve de dar um exemplo. É que, pelos vistos, a malta não sabe o que isso é. O padre tem obrigatoriamente de exemplificar a coisa. E aqui vai o exemplo aleatoriamente (suponho eu) escolhido pelo padre em questão: o marido está a preparar-se para sair de casa, quer vestir uma determinada camisa e a mulher ainda não a passou a ferro. Cá está um motivo mais do que válido para o marido se chatear com a mulher. Cena estereotipada? Nããããããããoooooooo, que ideia. É mais do que natural a mulher ter de passar a ferro as camisas do seu homem. É mais do que natural essas camisas terem de estar passadas sempre que o homem tenha vontade de vestir as mesmas. É mais do que natural, portanto, o homem ficar irritado quando a sua mulher não cumpriu, em tempo e horas, com as obrigações que lhe são devidas. Resumindo, compete à mulher passar as camisas do seu homem, como lhe compete passar o resto da roupa toda. Já para não falar de todas as outras tarefas domésticas que são, obviamente, da responsabilidade da esposa moderna que deseja ter um casamento sereno e feliz. Bonito. [Esta última parte não foi referida pelo padre. Acredito que por falta de tempo. Por isso mesmo me autorizo a acrescentá-la aqui, em jeito de conclusão sobre o assunto.]

De seguida, mencionou o Principezinho. Aposto que a grande maioria das pessoas que estavam presentes não fazem a mais pálida ideia do que se trata. Acredito que, grande parte, deve ter pensado que o padre estava a falar do filhinho do William e da sua Kate. Mas pronto, isso ainda é o menos. Usou a metáfora da rosa, o padre. Segundo ele, a noiva é a rosa do noivo e o noivo é a rosa da noiva. Tão bonito.

Finalmente, o padre perguntou à assembleia se esta autorizava que o noivo beijasse a noiva. Insistiu, dizendo que não haveria beijo se os convidados não o desejassem. Piada boa. E a malta lançou um entusiasmado siiiiiiiiiiiiiim! Tão, mas tão, bonito.

E, de momento, fico-me por aqui.
 

Quem me manda abrir uma excepção? (introdução)


Consegui fintar almoços, jantares e festas de família com uma pinta do caraças. Consegui manter o meu grau de socialização ao mais baixo nível. Estava satisfeita da vida.
Mas (diz que há sempre um 'mas' para nos atazanar o juízo. pois que não posso deixar de confirmar), porque já era em Setembro e não era de familiares, comprometi-me a ir a um casamento. Foi no passado sábado. E foi uma desilusão. Mais uma. Que, em termos de desilusões, estou a ter a minha paga. Eu que nem sou de me iludir. Longe disso. Muito longe mesmo. Eu que não sofro do mal das expectativas elevadas. Eu que, melhor dizendo, não sou moça de ter qualquer tipo de expectativa, ponto. Ou seja, regra geral, não há grandes desilusões que me peguem. Mesmo assim, por mais incrível que possa parecer, ainda acontece, amiúde, que aqui a 'je' apanhe uma ou outra pequena decepção.
 
 
 
Foi o caso, no passado sábado. 

domingo, 7 de setembro de 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ceci explique cela


É do senso comum que uma pessoa está sempre a aprender. E o Priberam é um dos meios mais eficazes para que tal aconteça. É que ele descobre-se com cada coisa, com o raio do Priberam (ainda se lembram desta, confessem lá). Pois que, hoje, descobri, graças à palavra do dia, que sou nua. É verdade. Deve ser por isso mesmo que não ligo muito a trapos, não combinam com a minha essência.
 
 
 
Ah! E também descobri que sou uma gaja de sorte. O gerador aleatório é meu amigo. A vida é bela. Tudo fantástico, portanto.

Eu, velha do Restelo me confesso


Se todas as mães e todos os pais fossem como eu, não haveria cá margem para dúvidas.



E a girafa Sophie não teria qualquer motivo de preocupação quanto ao seu futuro.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

E não é que tenho saudades? Ou uma treta parecida, sei lá eu. Será possível, uma coisa destas?! Fosca-se p'ra mim, pá! *


(ele encontra-se com cada uma por esta internet fora. Jasus...)



nota: "duas semanas (...), talvez menos" é, no máximo dos máximos, quinze diazitos, certo? É que, de repente, fiquei na dúvida.


E está p'r'aí a malta toda a resmungar: mas, ouve lá, ó Mam'Zelle, o que raio tem o título do post a ver com o seu conteúdo, hein?
Aqui vai a minha resposta (e olhem que não tinha obrigação alguma de a dar, atenção. espero que tenham noção disso):
A priori nadica de nada. Essa é que é essa.
E acrescento, em modo de interrogações, pois que diz que é intelectualmente chique responder usando a bela da pergunta retórica. Mas eu cá tenho de fazer posts com sentido? Ali todos certinhos direitinhos? E, já agora (era o que mais faltava...), bonitinhos? Por acaso assinei algum contrato a comprometer-me, por minha honra, a tamanha responsabilidade? Ah pois. Agora pensem...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Igualdade entre os sexos? O tanas!* #2


Pior do que uma gaja chata por passar horas infinitas na casa de banho a aperaltar-se toda antes de conseguir sair de casa, só mesmo um gajo com a mesma mania. Chato a valer. É que não se aguenta de tão chato e desinteressante que é. Fosca-se.


E não me venham com essa conversa de que eu devo gostar é de homens maus, porcos e burros. É que, caso não saibam, há toda uma panóplia de espécimenes entre um extremo e o outro. Ah pois.
 
 
* sim, sim, sou antiquadérrima. Assumo plenamente. Há certas modernices que não se me encaixam na cabeça, por mais tempo que passe e por mais que as mentalidades (dos outros) mudem.

É por estas e por outras... #12


que a Mam'Zelle não é, nunca foi, nem nunca será fashion cool e coisa e tal. É rendermo-nos às evidências. Não se falar mais nisso. Calar a matraca para todo o sempre. Encerrar o assunto de vez. Ponto.
 
Tentei pintar as unhas à moderna. À gaja actual. Dans l'air du temps, como se diz nessa língua distinta, glamorosa e chiquérrima que é a Língua Francesa. Ou seja, nada de ter todas as unhas da mesma cor. Has been demais. Usa-se um verniz diferente, ali para o anelar (aquele dedo que fica entre o mindinho e o pai-de-todos, estão a ver?). Exemplifico AQUI.
 
Estava então a dizer que essa modernice não é para mim. Enquanto tive as unhas assim, todas p'r'a frentex, foi uma canseira dar banho e pôr creme à Bolachita. Estava sempre a passar o resto dos dedos na unha do vizinho (sim, esse mesmo, o dedo que fica entre o mindinho e o pai-de-todos. estejam lá atentos, por favor. eu sei que o tema é uma seca. mas também não pode ser só assuntos pertinentemente interessantes. tem de se conhecer o que não presta para dar valor ao que é mesmo bom. ah pois.), a pensar que tinha lá ficado um tico de espuma ou de creme hidratante.
É que uma pessoa já anda cansada (ai se anda...) e depois faz a mesma asneira uma e outra vez e, para além de cansada, sente-se burra.
E não há necessidade nenhuma disso.
Ai há sim? Em nome da moda, da beleza e do bom gosto? A sério?
E em nome da paciência, para aturar tamanha pinderiquice armada em trendy, não há nada?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Miam! Miam! #5




Comi muito poucos destes, este ano.
 
É no que dá, quase não sair de casa. Acabo por ter de me contentar com a solução de recurso. Aquelas caixas que trago do supermercado e guardo no congelador. Essas mesmo, que não me deixam descansar enquanto não as acabar. E depois é voltar a comprar e voltar a não descansar e ter de as acabar e... Como devem calcular, entra-se num círculo vicioso e é uma chatice uma pessoa ver-se livre dele.
 
Estes, ao ar livre, numa bela tarde cheia de sol, têm um sabor especial.
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Porque eu também posso recomendar blogues disto e daquilo


Vamos supor que me interessava, efectivamente, por trapos. Vamos supor que esse meu interesse me levava a querer ter um blogue à volta disso. Pois que seria ESTE. Queria que este blogue fosse meu. Este blogue e mais nenhum.
 

Porque diz que ontem foi o dia dele


não posso deixar de dar os parabéns a este meu piqueno.
 
Não sou de comemorar os dias, nem sequer de fazer referência aos mesmos. [Sim, já o disse. Sim estou a repetir-me.] Mas isso só acontece quando o assunto não me toca particularmente (ou seja, quase sempre). Ora este meu casebre é parte de mim. Estou com ele quase diariamente. Depois, ainda só tem dois anitos e pouco. Poderia ficar amuado, caso a Mam'Zelle não o parabenizasse como é o seu dever.
Assim sendo - e só com um diazito de atraso, quase nada portanto - PARABÉNS A Miúda com Pêlo na Venta!
 
 
Pronto. Está feito.
 
 
 
nota: já agora, a minha mais nova também está de parabéns. faz hoje onze meses, a Bolachita. Ah pois!