terça-feira, 11 de março de 2014

Estou a desaparecer do mapa e nem me apercebi, querem ver...


Não sei se já confessei por aqui, mas só compro roupa nos saldos. E, atenção, para mim, saldos é - no mínimo dos mínimos - menos 50%. E olhem que mesmo a 50%, é muito raro eu me entusiasmar. Com 70%, já começo a considerar a coisa, vá. E não, não quero saber se, funcionando assim, estou sempre vestida com aquilo que acaba de sair de moda. Essas tretas são importantes para as fashionistas, não para uma gaja como eu que tem mais em que pensar do que essas coisas da moda.
 
Eu só compro roupa nos saldos e, mesmo assim, não vou logo a correr, como se não houvesse amanhã, mal comecem os ditos. Não só porque tenho mais o que fazer (como já disse). Não só porque não suporto andar em lojas a abarrotar com pseudo-fashionistas a arrancarem-nos uma peça da mão se for preciso, porque é a última no tamanho que pretendem. Mas, essencialmente, porque no primeiro mês os saldos são só pseudo-saldos. Para mim só interessa quando chega ao menos 70%, esqueceram-se?

Este ano, só apareci nos shoppings mesmo mesmo no final. Andava ainda com menos pachorra do que o habitual. Mas, mesmo assim, lá fui. Não me fosse escapar uma oportunidade de ouro de comprar mais um trapinho por uma pechincha. E encontrei umas jardineiras (não sei porquê, não consigo habituar-me a esta palavra. acho estranho, pronto). Sempre fui fã desta peça de roupa, por isso quando vi que tinha passado de 35,95 euros para 12,99 euros, fiquei toda satisfeita do meu achado. Depois, olhei com mais pormenor e vi que era tamanho 32. Bem, eu cá sou magra, é verdade. Mas tamanho 32 é para miúdas de 12 anos. Nunca na minha vida entrei num tamanho 32 (enfim, nunca entrei num tamanho 32 desde que sou uma mulher feita - tem a sua graça, esta expressão - entenda-se). Era exemplar único (pois, eu sei, quem me mandou ir só no finalzinho dos saldos quando só há restos que não servem a ninguém, e blablabla?). Fiquei triste. Depois, marimbei para o que estava escrito na etiqueta e olhei melhor para a coisa. Virei de um lado, virei do outro. Analisei bem a peça e cheguei à conclusão de que, das duas uma, ou estava a ver mal, ou aquilo parecia mesmo o meu tamanho. Dei-me ao trabalho de experimentar. E trouxe o trapito para casa.
Não vale a pena virem para aqui dizer que as jardineiras já eram. Que estiveram na moda na estação passada. Que agora estão totalmente out, démodé. E mais isto e mais aquilo. Eu gosto. Vou usar toda contente. Quem não gostar que não olhe para mim. Ponto




Agora para concluir sobre essa cena dos tamanhos. Que mania que as marcas têm de andar sempre a mudar a coisa. Eu sei que é para fazer com que as pessoas mais fortes se sintam melhor por vestir um 40 em vez de um 42 ou 44. Mas a situação está a tornar-se ridícula. Antes, vestia um S. Agora visto XS. Até já cheguei a comprar XXS (é verdade, também começa a aparecer). Enfim, modernices enganadoras, é o que é.
 

2 comentários:

  1. Eh pah, já somos duas... 70% é o melhor e mesmo assim, às vezes, ainda olho de lado, do género "mas isto não podia custar menos???"... eu já me meti num 32 e num xxs, aí com uns 22 ou 23 aninhos, depois disso olha... foi sempre a crescer... para os lados, loooool

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    1. Em princípio, quando é a 70%, raramente é muito caro porque eu só entro em lojas que, à partida, não têm preços exorbitantes. É que há certas lojas nas quais, mesmo estando com tudo a 80%, eu não perco tempo a entrar…

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