sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Arrepio-me

sempre que me sussurras aquelas duas palavras. Com os lábios, é certo. Mas também com as mãos a percorrerem-me a pele. Com esses olhos inconfundíveis de tão teus. Com todo o teu corpo encostado ao meu, no melhor abraço de sempre. Aquele abraço que se regenera e se torna único cada vez que os teus braços me conduzem a ti, me aconchegam no teu peito, me mostram que não há caminho melhor do que aquele que nos junta.

és minha.


A primeira vez que as disseste, foi com uma convicção quase bruta que tanto teve de surpreendentemente assustador como de tremendamente delicioso. Repetiste-as, uma e outra vez, naquela noite. Não me apercebi muito bem, na altura, mas foi bom ouvi-las. Sei, agora, que foi melhor, ainda, senti-las. Aquelas duas palavras saídas da tua boca, vindas de dentro do teu ser (pouco me importa se foi do coração), acalentaram-me a alma. E assim continua a ser, sempre que as repetes.


[seis de Julho de dois mil e quinze]

4 comentários:

  1. És uma sortuda, espero que tenhas consciência e noação disso.

    Eu também tenho mas às vezes esqueço.me, por isso gosto de lembrar os outros nao lhes vá acontecer o mesmo que a mim :P

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    1. Sortuda, eu? Não estou a perceber...

      Pronto. Sendo assim, tu é que és. Agora, não me venhas cá com essa conversa para cima de mim. Ora, ora... ;p

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